ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 13-4-2005.
Aos treze dias do mês de abril de dois mil e cinco,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro
e Raul Carrion. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Ibsen Pinheiro, Maristela Maffei, Paulo Odone, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA, foram encaminhados: pelo
Vereador Aldacir Oliboni, os Pedidos de Providências nos 441 e
695/05 (Processos nos 1895 e 2335/05, respectivamente) e o Projeto
de Emenda à Lei Orgânica nº 007/05 (Processo nº 2166/05); pelo Vereador Bernardino
Vendruscolo, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/05 (Processo
nº 1990/05); pelo Vereador Carlos Comassetto, o Pedido de Providências nº
658/05 (Processo nº 2284/05) e o Pedido de Informações nº 087/05 (Processo nº
2188/05); pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Pedidos de Providências nos
707, 708 e 709/05 (Processos nos 2360, 2361 e 2362/05,
respectivamente); pela Vereadora Clênia Maranhão, juntamente com os Vereadores
Dr. Goulart, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib e Neuza Canabarro, o Projeto de
Resolução nº 082/05 (Processo nº 2124/05); pelo Vereador Ervino Besson, os
Pedidos de Providências nos 735, 736 e 737/05 (Processos nos
2401, 2402 e 2403/05, respectivamente); pelo Vereador Haroldo de Souza, os
Pedidos de Providências nos 662, 663, 664, 665, 666, 667, 668, 669,
670, 671, 672, 673 ,674, 675, 676, 677, 678, 679, 680, 681, 682, 683, 684, 685,
686, 687, 688, 689, 690, 691, 692, 693, 711, 712, 713, 714, 715, 716, 717, 718,
719, 720, 721, 722, 723, 724, 725, 726, 727 e 728/05 (Processos nos
2296, 2297, 2298, 2299, 2300, 2301, 2302, 2304, 2305, 2306, 2307, 2310, 2312,
2313, 2314, 2315, 2316, 2317, 2318, 2319, 2320, 2321, 2322, 2323, 2324, 2325,
2326, 2327, 2328, 2331, 2332, 2374, 2375, 2376, 2377, 2378, 2379, 2380, 2381,
2382, 2383, 2384, 2385, 2386, 2387, 2388, 2389, 2390 e 2391/05,
respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 008/05 (Processo nº 2287/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, os
Pedidos de Providências nos 703, 704 e 705/05 (Processos nos
2351 ,2352 e 2353/05, respectivamente) e o Pedido de Informações nº 088/05
(Processo nº 2333/05); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de
Providências nº 646/05 (Processo nº 2266/05) e o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 014/05 (Processo nº 2107/05); pelo Vereador Luiz Braz, o Projeto
de Lei do Legislativo nº 185/04 (Processo nº 4148/04) e o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 012/05 (Processo nº 1998/05); pela Vereadora Manuela
d'Ávila, o Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05 (Processo nº 2267/05); pelo
Vereador Márcio Bins Ely, o Pedido de Providências nº 710/05 (Processo nº
2363/05); pela Vereadora Margarete Moraes, o Projeto de Lei do Legislativo nº
066/05 (Processo nº 1436/05); pela Vereadora Maria Celeste, os Projetos de
Resolução nos 079 e 084/05 (Processos nos 2105 e 2311/05,
respectivamente); pelo Vereador Mario Fraga, os Pedidos de Providências nos
633, 634, 635, 647, 648, 649, 650, 652, 654, 655, 696, 697, 698, 699 e 700/05
(Processos nos 2239, 2240, 2241, 2271, 2273, 2274, 2275, 2277, 2280,
2281, 2339, 2340, 2341, 2342 e 2343/05, respectivamente) e as Indicações nos
026 e 027/05 (Processos nos 2256 e 2257/05, respectivamente); pela
Vereadora Maristela Maffei, o Projeto de Lei do Legislativo nº 099/05 (Processo
n° 2078/05); pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Substitutivo nº 01 ao Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 002/05 (Processo nº 0113/05); pela
Vereadora Mônica Leal, o Pedido de Providências nº 733/05 (Processo nº 2396/05)
e o Pedido de Informações nº 092/05 (Processo nº 2398/05); pela Vereadora Neuza
Canabarro, o Pedido de Providências nº 614/05 (Processo nº 2204/05). Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 052 e 053/05, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre; 001/05, do Vereador Antonio Carlos Uminski,
Presidente da Câmara Municipal de Cacequi – RS; 011/05, do Senhor Luiz Antônio
Delanni, Presidente da Sociedade Brasileira de Correções Odonto-Maxilares –
SOBRACOM; 006/05, do Vereador Zelenor José de Oliveira, Presidente da Câmara
Municipal de Antônio Prado – RS; 007/05, do Vereador Érico Francisco da
Fonseca, Presidente da Câmara Municipal de Pinhal da Serra – RS; Comunicado nº
29872/05, do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação – FNDE. A seguir, o Senhor Presidente registrou
a visita a esta Casa, ontem, dos Senhores José Fogaça, Cristiano Tatsch e João
Portella, respectivamente Prefeito Municipal de Porto Alegre, Secretário da
Fazenda e Chefe do Gabinete de Programação Orçamentária, que entregaram o
Relatório de Atividades da Prefeitura Municipal, o Balanço Geral, os Balanços
da Administração Centralizada, do Departamento Municipal de Água e Esgotos –
DMAE, do Departamento Municipal de Habitação - DEMHAB, do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana – DMLU, da Fundação de Assistência Social e
Cidadania – FASC, da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto
Alegre – PROCEMPA, da Companhia Carris Portoalegrense, da Empresa
Porto-Alegrense de Turismo – EPATUR, da Empresa Pública de Transporte e
Circulação – EPTC – e do Departamento Municipal de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA, todos referentes ao ano de
dois mil e quatro. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 055, 076, 080/05, este discutido
pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos Vereadores Haroldo de Souza e João Carlos
Nedel, 082/05, discutido pelo Vereador Haroldo de Souza, 086, 095 e 087/05,
este discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei Complementar
do Legislativo nos 008 e 010/04, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 007/04; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 233 e 246/04 e 070/05, o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 003/05, discutido pelos Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib.
Também, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se durante o período de Pauta.
Ainda, durante o período de Pauta, o Vereador Haroldo de Souza informou que irá
apresentar Requerimento solicitando o arquivamento do Projeto de Lei do
Legislativo nº 080/05 (Processo nº 1621/05), de sua autoria. Na ocasião, o
Senhor Presidente registrou a presença dos Senhores José Bonifácio Glás e
Carlos Alberto Pilla, respectivamente Presidente e Assistente Executivo da
Diretoria do Hospital Belém, de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Ervino Besson elogiou o Executivo Municipal pelos cem dias de Governo
em Porto Alegre, lembrando, principalmente, que a questão da obtenção de
alvarás e a regularização de imóveis está sendo encaminhada favoravelmente.
Ainda, ressaltou que esta Casa, juntamente com os Órgãos Públicos e
representantes de moradores e comerciantes do Bairro Cidade Baixa, está
procurando resolver os problemas dos bares noturnos naquela região. Na oportunidade,
o Senhor Presidente registrou a presença de alunos, das Professoras Gisele, Ana
Simara e Taiane e da Diretora Cristina Moll, da Kidstop Escola de Educação
Infantil, presentes a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação
Política desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador João Antonio Dib mencionou as dificuldades encontradas pelo Prefeito
José Fogaça, ao assumir o comando do Executivo Municipal, exaltando sua pertinácia,
competência e dedicação em resolver os problemas da Cidade. Também, informou
ter participado de almoço da Associação dos Antigos Alunos da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, frisando a qualificação profissional dos egressos
dessa instituição. A Vereadora Manuela d'Ávila registrou o transcurso, ontem,
do trigésimo terceiro aniversário do início do episódio histórico brasileiro
conhecido como Guerrilha do Araguaia, destacando o significado dessa
mobilização no combate aos Governos Militares que se instalaram no País após
mil novecentos e sessenta e quatro e a relevância dos ideais que moveram a luta
daqueles jovens. Ainda, defendeu a divulgação dos arquivos secretos do Exército
alusivos a esse período. A Vereadora Sofia Cavedon discorreu acerca do início
das reuniões gerais do Programa de Orçamento Participativo de Porto Alegre,
considerando esse um dos momentos mais importantes no processo de inclusão
política e participação popular na Cidade. Nesse sentido, elogiou a postura do
Senhor Cézar Busatto, Secretário Municipal de Coordenação Política e Governança
Local, em relação à manutenção e legitimidade do Programa de Orçamento
Participativo. O Vereador Luiz Braz elogiou as ações do Governo do Senhor José
Fogaça relativamente à área da saúde pública, afirmando que a gestão anterior
da Prefeitura Municipal não aplicava medidas condizentes com as necessidades da
comunidade e não comandou com a devida competência as demandas por cirurgias na
área da saúde pública. Também, comentou obras inacabadas, que foram previstas
pelo Programa de Orçamento Participativo no Governo do Partido dos
Trabalhadores em Porto Alegre. O Vereador Sebastião Melo contestou declarações
do Senhor Humberto Costa, Ministro da Saúde, em relação às internações nas
Unidades de Tratamento Intensivo do Sistema Único de Saúde – SUS, mencionando
que, se houver redução no tempo de permanência dos pacientes nessas Unidades, a
população carente será prejudicada. Ainda, manifestou-se contrariamente à
conduta do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, em relação à área da educação e à
Reforma Agrária. O Vereador Elias Vidal discordou das críticas feitas aos
primeiros cem dias do Prefeito José Fogaça, justificando que foram tomadas
ações, pelo Governo anterior, que agora estão se refletindo negativamente no
Município, citando como exemplo a falta de vagas no ensino público. Também,
analisou pendências em obras aprovadas nos últimos anos pelo Programa de
Orçamento Participativo, que, segundo Sua Excelência, ultrapassam o número de
seiscentas, num valor de cento e noventa milhões de reais. A Vereadora Clênia
Maranhão externou sua satisfação a respeito dos primeiros meses da nova gestão
Municipal, asseverando que o atual Prefeito está cumprindo as promessas feitas
durante a campanha eleitoral. Em relação ao assunto, teceu considerações acerca
da importância da participação popular junto ao Governo, ressaltando que o
Programa de Orçamento Participativo está sendo mantido e aprimorado pelo atual
Prefeito Municipal. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA e o Senhor Presidente prestou informações acerca da ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em continuidade, foi aprovado
o Requerimento nº 104/05 (Processo nº 2061/05 – Período de Comunicações para
homenagear o Dia do Soldado), de autoria da Vereadora Mônica Leal. Foi aprovado
o Requerimento nº 107/05 (Processo nº 2094/05 – Sessão Solene para assinalar o
Dia de Solidariedade ao Estado de Israel), de autoria da Mesa Diretora. Foi aprovado
o Requerimento nº 109/05 (Processo nº 2101/05 – Sessão Solene para assinalar o
transcurso do octogésimo segundo aniversário da Gráfica Editora Pallotti), de
autoria do Vereador Alceu Brasinha. Foi aprovado o Requerimento nº 111/05
(Processo nº 2206/05 – Sessão Solene para assinalar o transcurso do centésimo
aniversário do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do qüinquagésimo
aniversário da Associação de Ex-Alunos), de autoria da Vereadora Mônica Leal.
Foi aprovado o Requerimento nº 114/05 (Processo nº 2289/05 – Sessão Solene para
assinalar o transcurso do centésimo trigésimo sexto aniversário do Centro
Estadual de Formação de Professores General Flores da Cunha), de autoria da
Vereadora Maristela Meneghetti. Às dezesseis horas e dez minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada pela Vereadora Sofia Cavedon,
o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo Vereador Elói Guimarães e secretariados pelo Vereador Luiz
Braz. Do que eu, Luiz Braz, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores
1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ontem
nós tivemos a oportunidade de receber a visita do Sr. Prefeito
Municipal; do Sr. Cristiano Tatsch, Secretário da Fazenda, e do Sr. João
Portella, do Gabinete de Programação Orçamentária. O Prefeito, no cumprimento da
Lei Orgânica do Município, conforme art. 119, § 2º, trouxe e entregou à
Presidência o Relatório de Atividades da Prefeitura, bem como o Balanço do
DMAE, DEMHAB, DMLU, FASC, PROCEMPA, CARRIS, Administração Centralizada, EPTC,
PREVIMPA, EPATUR e o Balanço Geral, conforme Ofício nº 161/05. Esse material
será encaminhado à Comissão de Finanças e Orçamento para a sua tramitação
regimental.
Passamos à
PAUTA -
DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do Regimento)
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC. N.º 1875/04 -
SUBSTITUTIVO Nº 01, que inclui o §
3º no art. 45 da Lei Complementar n.º 170, de 31 de dezembro de 1987, que
revoga a Lei Complementar n.º 32, de 07 de janeiro de 1977, estabelece normas
para instalações hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água
e esgotamento sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos
e dá outras providências, ao PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 007/04, ambos de autoria do Ver. Ervino Besson.
PROC. N.º 2374/04 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 008/04, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que dá nova redação ao inciso I e
acrescenta inciso VI ao art. 2.º da Lei Complementar n.º 367, de 08 de janeiro
de 1996, que dispõe sobre o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto
Alegre – COMCET. (inclui representante CMPA/ exclui Executivo)
PROC. N.º 2981/04 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 010/04, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que institui o Código de Práticas de
Dignidade das Relações entre Homens e Mulheres e define ações para a construção
de um sistema de gênero no âmbito do Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 1268/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 055/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que determina que 2006 seja denominado “Ano Mário Quintana” no âmbito do Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 1591/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 076/05, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que cria os chimarródromos nas áreas verdes, parques, praças, orla e demais espaços públicos de Porto Alegre.
PROC. N.º 1621/05 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 080/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
autoriza o Executivo a incluir no currículo das escolas municipais os conteúdos
de “Educação Científica, Preventiva do Uso de Fumo, Álcool e Drogas”.
PROC. N.º 1679/05 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 082/05, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
dispõe sobre a obrigatoriedade de espaço e assentos reservados para pessoas
portadoras de necessidades especiais em salas de exibição de cinema no
Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 1788/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 086/05, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Marcelo Küfner um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema III.
PROC. N.º 1801/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 087/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Afonso Moacir Cerioli um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC. N.º 1908/05 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 095/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Jean
Vardaramatos.
3.ª SESSÃO
PROC. N.º 5632/4 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 233/04, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Tenente Isolino Segobia um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 5886/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 246/04, de autoria das Vereadoras Maristela Maffei e Margarete Moraes, que inclui, no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre, a Festa “Alma Cigana – Ritos, Cantos e Magia”, organizada pela Sociedade Beneficente Centro Africano Reino de Oxalá, e dá outras providências.
PROC. N.º 1369/05 - PROJETO DE
EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 003/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera
a redação do art. 51, da Lei Orgânica do Município, incorporando regras que
possibilitam a realização de reuniões das Comissões Permanentes durante o
recesso legislativo, e reduz o período de recesso legislativo. Com
Substitutivo n.º 01.
PROC. N.º 1461/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 070/05, de autoria do Ver. Mario Fraga, que define a Política Municipal de Apoio ao Cooperativismo e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Elói
Guimarães): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta, por transposição de tempo
com o Ver. Adeli Sell.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas
Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste,
quero-me referir hoje ao Projeto de Lei apresentado pela nossa Líder, que cria
o Memorial da Participação Popular em Porto Alegre. É importante salientarmos a
importância que tem essa proposição no sentido de constituirmos um espaço e um
reconhecimento oficial na nossa Capital, a Capital gaúcha, que fortaleceu e
trouxe o tema da democracia participativa como um tema de referência no
contexto estadual, no contexto nacional e é, hoje, cartão postal das
comunidades que defendem a democracia participativa, que defendem a igualdade,
que defendem a solidariedade.
Diante disso, quero dizer aqui também, associado a
essa proposta de Projeto, que nós iniciamos a rodada do processo do Orçamento
Participativo, rodada essa que no dia 11 foi inaugurada, justamente nos cem
dias do Governo Fogaça. Trata-se da continuidade do projeto mais importante sob
o ponto de vista da democracia que foi constituído no século passado em Porto
Alegre, que é o projeto da democracia e do Orçamento Participativo. Portanto, a
proposição da Vereadora é não só atual como legítima no seu reconhecimento.
Parabenizo a Verª Maristela Maffei por trazer essa discussão à Casa.
Também gostaria de afirmar - justamente com essa
proposição, que é uma proposição que se mantém viva na atual Administração -
que há uma contradição com um outro Projeto que foi apresentado, aquele da
institucionalização do processo do Orçamento Participativo.
Ontem, na rodada de Desenvolvimento Econômico,
poucos Vereadores desta Casa lá estiveram para prestigiar a atividade, que é
uma atividade que se solidifica em Porto Alegre. Isso não ocorreu só ontem na
atividade de Desenvolvimento Econômico e Tributação. No dia 11, no dia
anterior, na plenária temática do Orçamento Participativo de Educação, Cultura,
Esportes e Lazer também poucos Vereadores lá estiveram; alguns pela primeira
vez. Isso é importante para que possam verificar e entender o que significa
esse processo que foi construído em Porto Alegre, que foi construído, Verª
Neuza, com a participação, sim, de todos os segmentos da sociedade, porém, até
bem pouco tempo, aqui nesta Casa, havia um conjunto de Legisladores e de
Partidos políticos que negavam essa iniciativa como uma iniciativa louvável e
que viesse a contribuir.
Hoje, com o Governo Fogaça defendendo o processo de
continuidade do Orçamento Participativo, constituído, sim, aqui em Porto Alegre
e formalizado para o mundo por meio dos Partidos que constituíram a Frente
Popular, acredito que nenhum dos Legisladores desta Casa pode negar a
importância que tem esse processo do Orçamento Participativo e a sua
qualificação no Município de Porto Alegre, no Brasil e no mundo. Portanto, essa
proposição apresentada pela Verª Maristela Maffei de criar justamente um
espaço, um símbolo que seja da cidade de Porto Alegre, um símbolo da referência
constituída da democracia participativa, é não só uma necessidade, mas também
um entendimento, pela leitura que eu faço hoje, de uma questão que é
unanimidade nesta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de dar a palavra ao próximo orador,
quero encarecer aos Srs. Vereadores e Vereadoras que, em discussão de Pauta,
conforme o Regimento, discutam os Projetos que estão em Pauta. Hoje estão em
Pauta quatorze Projetos. Constam nas folhas nº 2, 3 e 4.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ADELI
SELL: Caro Ver. Elói Guimarães, Presidente desta Casa; colegas Vereadoras,
Vereadores, senhoras e senhores, discuto o PELO nº 003/05, um Projeto de Emenda
à Lei Orgânica de minha autoria que altera a redação do art. 51 da nossa Lei
Orgânica incorporando regras que possibilitam a realização de reuniões das
Comissões Permanentes durante o recesso legislativo e reduz o seu período.
Vou explicar: além de diminuir o recesso, que é a
minha proposição, eu quero possibilitar que a cidade de Porto Alegre, Ver.
Ervino Besson, quando tiver um grave problema - na Zona Sul, por exemplo, um
problema de segurança pública -, possa acessar uma Comissão Especial que já
exista ou uma Comissão Permanente. Mas, se nós estivermos no recesso, nem a
Comissão Especial, nem a Comissão Permanente, para a qual V. Exª, por exemplo,
foi votado no dia 1º de janeiro deste ano, nem a Comissão de Educação, para a
qual eu fui votado no mesmo dia, poderão se reunir.
Houve um caso aqui, se bem me lembro, da CUTHAB.
Veio uma comunidade com um grave problema habitacional, reintegração de posse,
etc., e a CUTHAB não podia reunir-se formalmente porque nós estávamos em
recesso. Então, não pode ser assim! Se for acionada a Comissão no período de
recesso, se for uma situação que o Sr. Presidente considere importante, ele
pode fazer a reunião - é isso que eu estou tentando modificar na Lei Orgânica
do Município.
Outrossim, eu quero, de fato, acabar com o recesso
de julho. Eu acho que não há sentido para recesso no mês de julho: nós não
somos Deputados que viajam pelo interior do Estado; não somos nem um dos três
Senadores da República; não somos nem um dos 31 Deputados Federais. Nós estamos
em Porto Alegre, nós somos legisladores de Porto Alegre para Porto Alegre;
portanto, estamos na Cidade. Estando ou não dentro desta Casa, estando lá na
Vila Timbaúva ou na Vila Castelo para ver a situação da necessidade de uma
creche, nós podemos estar aqui à tarde. Nós podemos estar à noite na comunidade
ou pela manhã, como estamos nas reuniões-almoço, nos jantares, etc. Então não
há sentido, na minha opinião, para que se mantenha, no mês de julho, o recesso.
Por isso nós estamos entrando com este Projeto aqui.
É claro que não sou daqueles que acha que não pode haver nenhum mês de recesso, mas, se uma Comissão Técnica for acionada nesse período, não vejo por que não reunir, porque essa Comissão já foi eleita - sempre no dia 1º do ano -, é assim que funcionam as coisas. Por isso queria que todas as Sras. Vereadoras, todos os Srs. Vereadores atentassem para essa questão, para que houvesse diálogo aqui nesta Casa, a fim de que juntos pudéssemos melhorar. Nós já fizemos uma experiência com o Regimento Interno, com a Lei Orgânica de 1988 para cá, já fizemos algumas modificações no ano passado, mas creio que esta pode ser uma hora importante para fazermos essas duas modificações que eu estou propondo na Lei Orgânica do Município, da nossa Capital. Nós temos compromissos com a população, nós temos necessidades que nos batem à porta todos dias - as pessoas as colocam para nós -, nós temos que estar cada vez mais próximos da população, cada vez mais atentos aos problemas da nossa Cidade. Para isso somos eleitos, é para isso que a municipalidade nos paga, é para isto que nós estamos aqui: para legislar, para fiscalizar, para levantar questões, para ajudar a Cidade a avançar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO
BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pela
TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Hoje ocupo este microfone em Tempo de Liderança
pelo meu Partido, com muita alegria, com muita satisfação. Por que digo isso?
Completam-se cem dias da administração do nosso Prefeito Fogaça, que foram
amplamente divulgados pela imprensa escrita, falada e televisada. Minha querida
colega Verª Neuza Canabarro, naquele período em que o Governo estava preparando
seu Secretariado para administrar esta Cidade, um dia a Verª Clênia Maranhão me
perguntou: “Tu tens interesse em assumir alguma Secretaria?” Eu disse a ela:
"Primeiramente, eu agradeço o convite e, em segundo lugar, respondo que
gostaria de ficar aqui nesta Casa”. No período da campanha, vi alguns desafios
e, se eu fosse eleito Vereador para a nova legislatura, desejava defender
algumas questões desta Cidade. Quais? A agilização dos alvarás; a regularização
de imóveis, porque nós temos cem mil irregulares em Porto Alegre; o combate à
morosidade na construção de alguma obra, porque a gente tem conhecimento de que
o tempo era de dois, três anos; a obtenção de alvarás e habite-se, um problema
muito sério que inferniza um grande segmento da nossa Cidade.
Meu caro Presidente, Ver. Elói Guimarães, eu disse,
no início, que assumo este microfone com muita alegria. Na legislatura passada,
várias vezes, aqui neste microfone, afirmei que gostaria de ver um Prefeito que
trabalhasse junto com os órgãos - com as Secretarias, com as autarquias - de
uma forma integrada. Para minha satisfação, o Prefeito Fogaça está adotando
esse sistema. Numa visita que fiz, há poucos dias, à Secretaria da Fazenda deu
para sentir do nosso Secretário o que é a política do Prefeito: a união entre
as Secretarias e a agilização na concessão de alvarás, na liberação de
construções, enfim.
E mais, os jornais publicaram amplamente (Lê.): “Um
bilhão a menos nos cofres públicos”. Isso devido a IPTU atrasado. Por quê? Pela
dificuldade de as pessoas negociarem as suas dívidas com os órgãos públicos.
(Mostra jornal Diário Gaúcho.) Eu gostaria que a TVCâmara mostrasse para que o
telespectador do Canal 16 também visse, embora eu ache que todas as pessoas
tiveram a oportunidade de ler os jornais.
O Prefeito Fogaça, muito gentilmente, muito
competentemente, abriu negociação com os devedores de IPTU e ISSQN, para que as
pessoas pudessem saldar as suas dívidas. As pessoas querem pagar as suas
dívidas, mas a dificuldade é enorme. Então, o Prefeito abriu, de uma forma
ampla, de forma que as pessoas são recebidas. Porque a pessoa quer pagar, mas
normalmente a multa triplica o valor do que as pessoas estão devendo. Então,
vamos negociar, é uma receita que os cofres públicos estão perdendo. Faço este
registro, reconheço e parabenizo a Administração pelos cem dias do nosso
Prefeito Fogaça; sem dúvida nenhuma a Cidade vai ganhar muito com isso.
Hoje pela manhã nós tivemos também uma reunião da
SMIC, juntamente com o Secretário da SMIC. Essa reunião de hoje foi a
continuidade de um jantar que nós tivemos na residência da nossa querida Verª
Neuza Canabarro. Eu estive presente, inclusive a Líder da Bancada do PT, Verª
Maristela Maffei, e o Ver. Todeschini, dentre outros Vereadores. Naquele jantar
de confraternização, meu caro Presidente - porque nós temos muitos problemas na
Cidade -, levantou-se, num certo momento, o problema que o bairro Cidade Baixa
está vivendo, o problema dos bares noturnos, aquela briga entre a Associação e
proprietários dos bares, enfim, a gente sabe que isso está acontecendo. Lá
decidimos ir a uma nova reunião com a presença do Secretário da SMIC. Peço, por
gentileza, meu caro Presidente, mais um minuto para encerrar.
Nós estivemos lá hoje. Junto com outros Vereadores,
encaminhamos um pedido, aliás, foi decidido que nós daríamos um encaminhamento
pedindo uma reunião com o Ministério Público, juntamente com os proprietários
dos bares, com a Associação da Cidade Baixa, para tentarmos resolver esse
impasse. Vossa Excelência não estava lá, Vereadora, mas o seu Chefe-de-Gabinete
estava presente. Também estava este Vereador, a Verª Neuza Canabarro, a Verª
Maristela Meneghetti e a Verª Manuela d'Ávila. E também, no período em que
estivemos reunidos, o Ver. Sebastião Melo ligou dizendo que se colocava à
disposição, mas que estava numa reunião com o Prefeito e que por isso não
conseguiria comparecer à reunião.
Portanto, foi uma reunião
extremamente positiva, e nós faremos, agora, nos próximos quinze dias, uma
reunião mais ampla para tentarmos resolver esse problema do impasse, juntamente
com o Ministério Público, juntamente com o Executivo Municipal e juntamente com
esta Casa.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Elói Guimarães, Presidente da Casa; Vereadores e Vereadoras,
público que nos assiste, comento aqui um Projeto do Ver. Haroldo de Souza que
começa a tramitar na Casa. Ele propõe a inclusão do conteúdo “Educação
Científica, Preventiva do Uso de Fumo, Álcool e Drogas” no currículo escolar. O
Ver. Haroldo compôs a Comissão de Educação por um bom tempo conosco, já conhece
os nossos debates sobre o assunto, sabe da nossa luta, da luta dos professores,
da luta das comunidades escolares pela autonomia da escola.
E o avanço pedagógico significa garantirmos a
construção de um currículo que respeite essa caminhada, essa autonomia e que
respeite e dialogue profundamente com as comunidades locais. Nós sabemos que
várias das leis aprovadas nesta Casa, Ver. Haroldo - Lei do Sistema Municipal
de Ensino, Lei dos Conselhos Escolares, Lei da Eleição de Diretores -
referendam, legalizam essa autonomia, esse processo democrático de construção
da escola, da Educação. Não para Porto Alegre; isso é uma conquista nacional,
dos trabalhadores em Educação. É nesse sentido que o currículo também tem a
garantia de não ser definido pelos Legisladores, mas pelos educadores, por meio
da construção do seu próprio regimento escolar e do Conselho Municipal de
Educação, com representação de pai, aluno, professor e funcionário, que aprovam
ou não esse regimento. Eu quero aqui registrar que é muito relevante a
preocupação que o Vereador expressa na temática do fumo, do álcool e da droga.
É uma temática que não está longe dos currículos e que deve, sim, receber
atenção.
Mas eu queria também, Ver. Haroldo, chamar sua
atenção para outros temas da área da Educação, os quais tenho certeza que V.
Exª tratará com mais profundidade do que tratou o nosso Prefeito José Fogaça
nesses últimos dias. Um dos temas é a licença-saúde dos professores. Ora, o
nosso Prefeito vai ao jornal dizendo que 86% dos professores tiraram licença em
algum momento e afirma: “Não são vagabundos e não estão doentes, devem ter
usado este direito da licença por frustração”. Não sabe o nosso Prefeito que
esse índice de licenças é o mesmo dos trabalhadores da Saúde, que têm um
trabalho muito semelhante, um perfil de funcionários muito semelhante - a
maioria mulheres -, que trabalham na periferia da Cidade diretamente com seres
humanos. Há estudos da própria SMS - Secretaria Municipal da Saúde - demonstrando que o uso da licença médica é muito semelhante.
Então, há, sim, um desconhecimento, um desrespeito
com os professores ao afirmar que eles, só por frustração, tiram licença médica
para se ausentarem do trabalho. Há, também, um desrespeito para com os médicos
que definem a licença. Há outros pontos importantes que já tratei aqui.
Mas, Vereador, tem a ver com o seu Projeto de Lei o
Plano Municipal de Educação, construído pelo Conselho Municipal de Educação,
com a participação de 42 entidades e instituições ligadas à Educação. Foi um
Plano que veio na forma de lei para esta Casa no final do ano passado, e o
Prefeito Fogaça diz que o Plano é do PT, que deixa tudo como está - prova de
que não leu e não foi instrumentalizado pela sua Secretaria Municipal de
Educação. O Plano, ao contrário, traça um diagnóstico da Educação no Município
de Porto Alegre e estabelece metas que modificam a Educação, metas de ampliação
em 50% das vagas de zero a três anos; 80% de ampliação das vagas de 3 a 6 anos,
por exemplo. Portanto, não deixa tudo como está!
Eu queria terminar dizendo que é muito grave o jeito leviano como está sendo tratada, por exemplo, a questão da Educação, a questão dos ciclos, pelo menos nas falas do Prefeito, e a questão da licença médica. Para dar um exemplo, a Secretária Municipal de Educação está em licença médica - três meses de trabalho -, certamente, por algum problema de doença. Então, nós temos de cuidar as falas que tentam classificar as licenças dos professores como licenças do não-trabalho, de uma mera frustração. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registramos a visita orientada, coordenada
pelo Jorge Barcellos, do Memorial, da Kidstop Escola de Educação Infantil, de
Porto Alegre, com trinta alunos do Maternal 2 - Jardim. Esta Escola tem a Srª
Cristina Moll como Diretora, e as senhoras Gisele, Ana Simara e Taiane como
Professoras. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o
Memorial desta Casa desenvolve junto às escolas e entidades de Porto Alegre e
da Região Metropolitana. (Palmas.)
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR.
HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Vereadores, Vereadoras, pessoinhas,
menininhos e menininhas da Escola Infantil que aqui se encontram, mando um
beijo e um carinho para vocês. Obrigado pela presença.
Eu quero defender a aprovação de
um Projeto, pedir o arquivamento de um Projeto de Lei de minha autoria e a
execução de um outro Projeto, vou explicar. Primeiro, vou pedir que todos
aprovem o Projeto do Ver. Professor Garcia que dispõe sobre a obrigatoriedade
de espaço e de assentos reservados para pessoas portadoras de necessidades
especiais em salas de exibição de cinema no Município de Porto Alegre.
Perfeito, Professor!
Agora, eu quero que arquivem Projeto de Lei, de
minha autoria, que está tramitando nesta Casa, que diz o seguinte: “Autoriza o
Executivo a incluir no currículo das escolas municipais conteúdo de Educação
Científica, Preventiva do Uso de Fumo, Álcool e Drogas”. Estou pedindo o
arquivamento deste meu Projeto, porque há um Projeto no mesmo sentido, e eu não
sei como passam pela avaliação, como circulam Projetos com o mesmo conteúdo na
Câmara Municipal de Porto Alegre. Eu lembro do Ver. João Antonio Dib dizendo
que já há leis até demais, que muitas não são cumpridas. Há uma lei igual a
esta que estou pedindo, de nº 8.542, que diz o seguinte: “Institui na Rede
Municipal de Ensino Público o estudo referente à dependência química e dá
outras providências”, assinada, sancionada pelo Prefeito Raul Pont.
Verª Sofia Cavedon, essa lei que V. Exª diz que nós
não temos autonomia de apresentar na Casa e que possui um conteúdo igual ao do
meu Projeto - e estou pedindo arquivamento - foi aprovada na Casa e sancionada
no dia 4 de julho de 2000 pelo Prefeito Raul Pont. Na época o Secretário Municipal
de Educação era o Sr. José Clóvis de Azevedo. O que estou fazendo aqui? O que
nós estamos fazendo aqui? Se os projetos autorizativos não resolvem e, quando
resolvem, porque são aprovados, são sancionados, mas não são executados, o que
é que estou fazendo aqui?
Então estou arquivando um Projeto meu que é igual
ao Projeto aprovado em 2000, mas que não está sendo executado pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre desde o ano 2000. Então, para que apresentar projetos
aqui na Casa, se vem a história do autorizativo dizendo que não pode?
Então, por favor, está na hora de nós, ao fazermos
essas alterações solicitadas por vários Vereadores no regulamento, no Regimento
da Casa, realizarmos mais alterações ainda, para que esta Casa realmente tenha
razão de existir, tenha condições de ter razão de existir!
Vejam bem o que estou falando, é muito importante
isso. O Vereador é um fiscalizador? É. O Vereador solicita Pedidos de
Providências? Sim. Eu fiscalizo e faço Pedidos de Providências, mas o Vereador
também tem de apresentar projetos, o que nós fazemos. Portanto, vou entregar ao
Presidente Elói Guimarães o Pedido de Arquivamento do meu Projeto, que está
tramitando na Casa. (Mostra e entrega o Pedido de Arquivamento.)
Eu vou pedir o seu arquivamento porque há um Projeto
de igual conteúdo aprovado e sancionado no ano de 2000, mas que não foi
executado pelo Prefeito Raul Pont. Então fica muito difícil entender como as
coisas acontecem na política. Não estou criticando a Câmara Municipal de Porto
Alegre; estou criticando, sim, de uma maneira geral, os Legislativos. Ou
arrumamos a Casa, alterando a sua maneira de ser, ou vamos, a cada dia que
passa, cair, cada vez mais, no descrédito da sociedade, que vive cobrando
insistentemente as nossas ações aqui.
Ontem, numa reunião de Comissão - e faz parte dos projetos que estou defendendo a questão do pronto-socorro -, levantei junto à Comissão e à Direção do HPS para que nós - seriamente, estou falando de verdade, não é de forma eleitoral, não! - implantássemos o terceiro pronto-socorro em Porto Alegre. No Hospital Belém há plenas condições de funcionar o terceiro pronto-socorro de Porto Alegre, há o testemunho do Presidente que aqui se encontra, o Sr. José Bonifácio Glass e do Dirigente Carlos Alberto Pilla. Se o Hospital Belém tem condições de fazer funcionar o terceiro pronto-socorro de Porto Alegre para desafogar esse que nós temos e o Cristo Redentor, nós vamos esperar mais o que para estabelecer e implantar o terceiro pronto-socorro de Porto Alegre? Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Já referido pelo orador na tribuna, está
presente, na Casa, o Dr. José Bonifácio Glass, Presidente do Hospital Belém,
acompanhado do Sr. Carlos Alberto Pilla.
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Vereadoras, Vereadores,
eu acho que o Ver. Haroldo de Souza tem toda razão, ele quer incluir conteúdo,
não quer incluir currículo. Eu acho que a Professora Neuza pode até nos
orientar quanto às diferenças: conteúdo a ser incluído nas várias matérias, nos
vários currículos, e conteúdo de prevenção ao uso do fumo, álcool e das drogas.
A nossa grande formadora da violência é a droga. Eu acho isso muito importante.
O álcool tem trazido inúmeros acidentes traumáticos para nossa Capital.
A Comissão de Saúde esteve ontem no Pronto Socorro,
e vimos inúmeras ocorrências de acidentes traumáticos! E muitos por acidente de
automóvel motivado pelo álcool. E lá o Ver. Haroldo de Souza levantou o
problema desses acidentes, vendo as dificuldades das pessoas, levantou a
necessidade do pronto-socorro da Zona Sul. No Hospital Parque Belém, as
instalações já estão praticamente prontas. Falta algum equipamento? Claro,
falta. Falta investimento ainda? Falta. Mas lá está o Hospital Parque Belém
praticamente pronto para receber o pronto-socorro da Zona Sul, para trabalhar
quase que imediatamente.
Honra-nos com a presença o Presidente do Sanatório
Belém, que é a entidade mantenedora do Hospital Parque Belém, o Sr. José
Bonifácio Glass e o Assistente
Executivo da Diretoria, Sr. Carlos
Alberto Alves Pilla, a quem saudamos efusivamente e também elogiamos a atitude
de querer trabalhar pela saúde dos porto-alegrenses.
O Sr. Ervino
Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, saúdo
parabenizo Vossa Excelência. Aproveito a oportunidade para saudar o Dr. Glass e
o Dr. Carlos.
Eu quero dizer que ontem à noite me fiz presente no
Orçamento Participativo, no Ginásio Tesourinha, e fiquei estarrecido, Vereador:
oito jovens cheirando cola; num certo momento, eles não tinham mais condições
nem de falar. Não era um, nem dois, nem três, eram oito jovens adolescentes
cheirando cola. É uma tristeza, Vereador!
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: E dali vão sair cometendo crimes e violências.
O Sr. Márcio
Bins Ely: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel,
obrigado pelo aparte. Eu gostaria de cumprimentar inicialmente o Dr. Glass e o
Dr. Pilla pela presença aqui, representando o Sanatório Parque Belém, e a
iniciativa da Comissão de Meio Ambiente e Saúde da Câmara por estar discutindo
esse tema tão importante a respeito de o Hospital Parque Belém ter um
atendimento na área de traumatologia. Meus cumprimentos por esse debate, Vereador.
Muito obrigado.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Muito obrigado, Vereador.
Gostaria dizer que a Comissão de Saúde foi muito
bem recebida lá no Pronto Socorro, que é uma entidade exemplar, um patrimônio
da nossa Cidade, mas bem que poderia diversificar o seu atendimento para a Zona
Norte, que tem o Hospital Cristo Redentor, e para a Zona Sul, que tem o
Hospital Parque Belém.
Para encerrar, Sr. Presidente, gostaria de me referir ao meu Processo que denomina Rua Afonso Moacir Cerioli, um logradouro não-cadastrado no bairro Mário Quintana, na Vila Wenceslau Fontoura, uma solicitação da comunidade para homenagear uma pessoa pertencente ao Lions Club que tanto serviu àquela comunidade do bairro Mário Quintana. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está
encerrada a Pauta.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
há algum tempo eu não tenho usado a Comunicação de Líder, mas hoje entendi que
seria importante fazê-lo.
Não compareci ao almoço da Federasul, em que S.
Exª, o Sr. Prefeito Municipal, mostrou tudo aquilo que foi possível fazer ao
longo dos seus cem primeiros dias como primeiro mandatário desta Cidade. A
situação que o Prefeito encontrou a Cidade não era das mais fáceis, mas a sua
pertinácia, a sua competência, a sua dedicação e a dos seus Secretários estão
colocando o “carrinho nos trilhos”, e a coisa vai funcionar bem, sem dúvida
nenhuma, porque há interesse em servir à Cidade e não fazer algumas promoções
como as que são ditas permanentemente do Orçamento Participativo, em que 628
obras estão em débito, e o Prefeito vai fazê-las.
Mas não fui por uma razão muito simples - e eu
gostaria de ir lá e aplaudir o Prefeito, porque realmente ele merece -, não fui
porque há mais de um mês havia sido convidado para um almoço da Associação dos
Antigos Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eu tinha
freqüentado um almoço desses, há alguns anos, e hoje eu senti a importância
desse encontro que se faz mensalmente dos ex-alunos da Universidade Federal.
Muitos aqui deste plenário são ex-alunos da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, portanto cada um desses alunos deve à Universidade alguma coisa: deve
uma contribuição, deve um auxílio, deve uma troca de idéias, deve um projeto,
um plano, deve fazer alguma coisa pela Universidade, para que outros alunos,
como nós que fomos beneficiados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
também possam ser beneficiados.
Eu fiquei tão encantado de reencontrar amigos, de reencontrar colegas que até pedi ao Presidente da Associação dos Antigos Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que fizesse uso da Tribuna Popular aqui, porque a Associação tem reconhecida a utilidade pública municipal, federal e também estadual. E o Dr. Calegaro, que é o atual Presidente, vai fazer isso. Eu estou chamando os ex-alunos da Universidade que estão neste plenário, que estão nesta Casa, para que num próximo almoço compareçam lá, troquem idéias, levem informações, colham informações. São pessoas tituladas que têm condições de nos auxiliar até no nosso trabalho aqui na Casa. Eu achei, hoje, extremamente importante. Não fui ao almoço do Prefeito. Lastimo, gostaria de ter ido, mas fiquei encantado com o almoço dos ex-alunos, dos antigos alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eu volto a dizer: nós devemos muito à Universidade. Nós devemos dar alguma coisa à Universidade. Pelo menos nos encontremos e troquemos idéias, tentando trazer coisas boas para a Universidade e para a nossa querida Porto Alegre. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
MANUELA D’ÁVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, ocupo esta tribuna
hoje, porque ontem, dia 12 de abril, completaram-se 33 anos do início das ações
do Exército Brasileiro na região do baixo Araguaia, nas cidades de Marabá e
Xambioá, dando início, portanto, naquele 12 de abril de 1972, à Guerrilha do
Araguaia. Completaram-se, ontem, 33 anos desse grandioso momento da história
dos lutadores, dos progressistas do nosso País. Nós sabemos que, naquele 12 de
abril, dois mil homens desembarcaram na região do Araguaia, entre os Estados de
Goiás, Tocantins e Pará. E nós sabemos, também, do significado histórico dessa
Guerrilha no combate à ditadura militar que existia no nosso País, naquele
momento. Nós sabemos que essa Guerrilha, a Guerrilha do Araguaia, foi o ato de
resistência à ditadura militar mais longo. Foram três anos em que os
guerrilheiros, os combatentes, os heróis de nosso País que resistiram ao
período mais duro e mais truculento dessa ditadura estavam nas matas e nas
selvas em contato pleno com a comunidade daquela região. Nós sabemos que,
depois, durante os três anos de mortes, torturas, interrogatórios, essa foi a
segunda maior operação do Exército Brasileiro, perdendo apenas para a 2ª Guerra
Mundial.
E nós tivemos conhecimento esta semana, em função
dos 33 anos do início da Guerrilha, que a Revista Veja publicou uma matéria
intitulada “Vietnã na Amazônia”, e, junto a esta matéria, na Internet, estão
disponíveis os documentos históricos do Exército do nosso País sobre a Guerrilha
do Araguaia. Li esses documentos pela manhã. Comentava com alguns Vereadores
quando cheguei aqui que é impossível não nos sensibilizarmos com essa leitura
sobre a Guerrilha do Araguaia. O Relatório Especial de Informações de 1974,
quando já duravam dois anos as ações e os combates nas selvas da região do
Araguaia, considera o extermínio dos revolucionários que resistiam aos
massacres da ditadura militar como a definitiva “limpeza” daquela região. O
Relatório contém alguns detalhes bastante sórdidos, como, por exemplo, o
material que aqueles jovens carregavam nas suas mochilas. Usavam mochilas
porque eram jovens e andavam na selva lutando, resistindo e construindo um país
livre e justo. Nós sabemos que, naquele momento, a bandeira da Guerrilha do
Araguaia era a democracia, a liberdade e os direitos ao povo.
O final desse Relatório indica justamente que
concessões haveriam de ser feitas ao povo brasileiro, em função da simpatia por
aqueles jovens e nobres revolucionários que estavam na selva naquele momento defendendo,
por exemplo, a histórica bandeira da Reforma Agrária. Não é a troco de nada que
até hoje a região do Pará é uma das regiões com mais assentamentos e com mais
luta por esse direito dos brasileiros, que é a Reforma Agrária.
Desde o dia em que assumimos neste plenário, uma das nossas palavras de ordem é que a juventude do Araguaia, dos gaúchos, como João Carlos Sobrinho, médico, que foi para a selva lutar por este Brasil livre, democrático... É a juventude que tombou e que ainda tem os seus corpos escondidos, mas continua viva em cada um de nós, em todos nós que não somos revanchistas, porque compreendemos o papel, inclusive, do Exército hoje na defesa da soberania do nosso País, mas queremos conhecer a história do nosso País, com a abertura dos arquivos dessa Guerrilha, queremos ver os corpos desses jovens enterrados. Mas, muito mais do que isso, nós queremos, acreditamos e vamos construir este Brasil pelo qual ainda estamos lutando, não na selva, mas em todas as esferas do movimento, para que possamos construir um Brasil, de verdade, livre; um Brasil, de verdade, democrático e um Brasil que consiga, de fato, garantir os direitos essenciais ao seu povo. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores a
respeito de um tema que para nós é muito caro e que, neste momento, se consagra
como marca, de fato, desta Cidade. A Cidade e os Vereadores da situação, hoje,
certamente passarão a reconhecê-la como uma marca verdadeira de democracia, uma
marca verdadeira de participação direta e de autonomia.
Nós iniciamos - a cidade de Porto Alegre -, ou o
Governo Fogaça iniciou, o processo das plenárias gerais do Orçamento
Participativo, que não é o nosso Orçamento Participativo, porque o nosso não
termina nunca - e isso este Governo viu quando iniciou em janeiro, já chamado
para muitas reuniões de fóruns de delegados que queriam retomar a conversa,
retomar o encaminhamento de obras, de projetos, de convênios, de serviços; um
processo vivo, orgânico, enraizado na Cidade. Mas o início das grandes rodadas,
que é a rodada que vai definir a prioridade temática para a aplicação do
Orçamento, que é a rodada que vai eleger os Conselheiros, que é a rodada que
compõe os fóruns de delegados de todas as regiões, que vai funcionar o ano
inteiro, é muito importante. Esse momento para nós é um dos momentos mais
fortes do Orçamento Participativo. Mesmo com o descrédito que nós sempre
ouvimos aqui dos Partidos hoje de situação, antes de oposição a esse processo,
e, mais do que isso, com a caracterização que ouvíamos aqui de que era um Orçamento
“manipulativo”, de que era o Orçamento “das pessoas levadas, carregadas pelo
PT”.
O que estamos enxergando é uma cidadania viva, é
uma cidadania mobilizada, é uma cidadania crítica, é uma cidadania autônoma,
porque não há como dizer que na plenária da segunda-feira, por exemplo, Ver.
Luiz Braz, na plenária da Educação, Cultura e Esporte, por coincidência, minha
área, aquelas pessoas foram carregadas pelos petistas de ônibus. Era uma linda
plenária - linda! - composta por professores de escolas, por alunos, por pais,
por líderes comunitários, por professores de escolas particulares, por surdos,
que já têm uma cultura, uma caminhada nesta Cidade e que não foram lá para
elogiar ninguém e nem para definir uma forma ou para dizer que o PT é que foi
bom. Não! Foram lá para fazer discurso do jeito que faziam no tempo em que a
Administração Popular governava esta Cidade, cobrando a continuidade do
processo, cobrando as suas demandas. Estavam presentes, falando no que haviam
conquistado, que queriam completar e continuar. E assim seguem as temáticas
desta semana e da semana que vem em diante nas regiões.
Emociona-nos e nos orgulha o que
o Secretário Cézar Busatto tem dito nas plenárias, que é um processo
irreversível, que é um processo legítimo, que é um processo da Cidade. O que
queremos registrar aqui é que esta é a nossa alegria: esse processo é
verdadeiro, é legítimo, é marca desta Cidade. E é lamentável que o Prefeito
Fogaça não esteja participando desse processo, porque os nossos Prefeitos
sempre priorizaram estar nessas reuniões, porque é fundamental para a
comunidade que o Prefeito esteja, pois dá legitimidade, dá força, dá respeito
para a participação direta, porque o Prefeito também se deixa permear pelo que
a Cidade está dizendo, pelo que a cidadania está dizendo. É muito importante a
presença do Prefeito, a despeito da presença dos Secretários. Isso provoca, de
verdade - Srs. Vereadores que nunca acreditaram nisso -, uma mudança em quem
governa; provoca, de verdade, uma inclinação para a forma de governar e para a
prioridade política. Isso, de verdade, enraíza um Governo e, de verdade, faz
com a Cidade seja cidadã, seja produtora de políticas públicas.
Era esse o registro que queríamos fazer. E
continuaremos como cidadãos a acompanhar. E desafiamos os Vereadores de
situação que ainda não estão indo às rodadas do Orçamento Participativo. Têm de
estar lá presente, porque é um espaço importante, e esta Cidade continuará à
altura do destino que ela já construiu, que é um destino diferente da política
que perdeu o sentido de forma geral. Então, nesse sentido, vida longa ao
Orçamento Participativo! Isso é conquista de Porto Alegre de fato. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, os cem
dias do Governo Fogaça trazem para nós uma realidade que precisa ficar muito
clara para a população desta Cidade. Nós terminamos uma época de um Governo incompetente,
incapaz, que não sabia o que fazer e começamos uma nova era. Quatro mil
cirurgias que estavam marcadas, que não tinham sido realizadas - eu acredito
que muitas pessoas até já morreram ao longo da história; outras dificilmente
vão conseguir recuperar os movimentos, porque são fraturas graves em pessoas
que estavam esperando numa fila, às vezes, há mais de ano, por uma cirurgia, e
simplesmente isso não acontecia -, agora serão realizadas em forma de mutirão.
E o Governo Fogaça está demonstrando, por
intermédio desse mutirão que está fazendo, que o Governo passado não o fez por
incompetência e por incapacidade. Imaginem só o que precisou o Governo Fogaça
lançar mão para realizar esse mutirão e zerar praticamente a fila das pessoas
que estavam esperando por essas cirurgias...! Ele apenas precisou fazer um
contato com os hospitais, fazer contato com a área médica e solicitar, também,
a participação do Governo Federal, que não deu nada de mundos e fundos, apenas
aportou recursos no valor de dois milhões de reais. Em um Município que tem
dois bilhões de reais no Orçamento, dois milhões de reais, na verdade, é uma
quantia muito singela. E bastou isso para que o Governo Fogaça pudesse anunciar
que estava zerando completamente o número de pessoas que esperavam por uma
cirurgia.
Eu mesmo, no ano passado ou no retrasado, tentei
interceder por várias pessoas que precisavam da cirurgia, porque iam ficar
paralíticas. Mas, lá no Governo anterior, apenas o que se ouvia é que não
podia, que havia uma fila, que tinha que se aguardar na fila. Imaginem uma
pessoa que vai ficar paralítica ter de esperar cinco mil outras serem operadas!
Até quando iriam esperar por essas cirurgias se, porventura, o Fogaça não
tivesse ganho essas eleições? Felizmente isso aconteceu.
Agora, a Verª Sofia Cavedon vem a esta tribuna
dizer que o Orçamento Participativo, que é um dos marcos do Governo passado, é
algo que não pode morrer, que não pode desaparecer. Imaginem! Eu não entendo
isso! O Orçamento Participativo é uma instituição, um instrumento que, em
primeiro lugar, não consegue dinheiro, não consegue recursos para resolver
problemas dentro do Município, ele apenas aponta quais os recursos de que o
Município dispõe e quais as obras que deveriam ser feitas - na opinião deles.
Em relação ao Governo passado - e eu estou dizendo
que ele era incompetente, estou aqui colocando os números -, nós falamos das
cirurgias, agora vamos falar das obras: 628 obras que tinham sido selecionadas
por pessoas que fazem parte desse Orçamento Participativo, que é a
menina-dos-olhos do Partido da Verª Sofia Cavedon, imaginem, não haviam sido
realizadas! As pessoas estavam esperando, também, na fila, porque o PT é o rei
da fila. Primeiro, as pessoas ficavam esperando por cirurgia; depois, no
Orçamento Participativo, elas ficavam esperando pelas obras: 628 obras que
haviam sido eleitas por esse grupamento chamado Orçamento Participativo estavam
lá à espera de recursos para que serem realizadas. O Orçamento não pode
conseguir recursos, não tem como conseguir recursos, não tem vontade para
conseguir recursos, não pensam, não querem pensar como devem fazer para
conseguir recurso, então essas obras iriam ficar, praticamente, para as
calendas gregas.
Felizmente, para esta Cidade, para esta sociedade,
não foi o projeto passado, o projeto de dezesseis anos, o projeto incompetente
e incapaz, que ganhou as eleições em outubro do ano passado! Não! Quem ganhou
as eleições no ano passado e está governando este ano foi um novo projeto; um
projeto diferente, um projeto que quer resolver problemas e está mostrando que
é capaz de resolver os problemas deixados pela Administração passada: são 175
milhões de reais em obras que não foram realizadas; são cerca de 94 milhões de
reais de despesas que não foram empenhadas! Verª Maria Celeste, o Governo de V.
Exª foi um desastre para esta sociedade: quase 200 milhões de reais de prejuízo
para esta sociedade! Isso tem de ser passado para todos! Esses números têm de
ficar absolutamente claros para que todo o mundo possa tomar conhecimento, para
que esse projeto jamais possa voltar a administrar novamente esta Cidade, para
não pensarem que, algum dia, esse projeto possa resolver alguma coisa! Eu acho
que esse projeto é bom apenas em uma coisa: o grupo de marketing que está por trás desse projeto do PT é muito bom! Essa
equipe de marketing do PT é muito
boa! Realmente, nós temos que tirar o chapéu para essa equipe, Ver. Adeli,
porque ela é sensacional! Agora, o restante, aquilo que havia sido pregado como
solução, como mágica para se resolver o problema da sociedade, infelizmente,
foi um fracasso total.
Graças a Deus, a população está abrindo os olhos para isso. A população já abriu os olhos aqui com a eleição do Fogaça, trocando o projeto do passado, e, se Deus quiser, isso vai acontecer também em nível nacional.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; meus colegas
Vereadores e minhas colegas Vereadoras, inicialmente, eu quero abordar aqui o
infeliz encaminhamento do Sr. Ministro da Saúde do Governo Federal - parece que
ele, nessa altura do campeonato, já recuou - de reduzir o tempo de internação
nas UTIs nos hospitais do SUS. O Ministro disse que, se o cidadão ou a cidadã
está à porta da morte, ele não precisa utilizar uma UTI, tendo que ceder o
espaço a outra pessoa que tenha chance de viver.
A primeira pergunta que tem de se
fazer é por que o cidadão que tem dinheiro para pagar um hospital pode ir para
uma UTI e o cidadão que tem o SUS não tem direito de morrer com tranqüilidade?
Eu tenho visto tanta barbaridade neste Governo da República, mas não imaginava
que chegaria a esse ponto! Eu não imaginava que chegaria a ponto de cobrarem
uma CPMF de 0,38% de todos os brasileiros e o Ministro dizer que vai ter que
reduzir o número de leitos nas UTIs. Isso é uma barbaridade, para não dizer
outras coisas! Mas o Governo do Seu Luiz Inácio Lula da Silva é isto mesmo:
retira dinheiro da Saúde, da Educação, da Reforma Agrária e faz salamaleque
para a banqueirada!
Na República, realmente, é escândalo para todos os
lados. Um dia, abre-se o jornal, é escândalo no Executivo; outro dia, escuta-se
rádio, é escândalo na Câmara Federal; outro dia, lêem-se os sites e os jornais nacionais, e é
escândalo no Judiciário!
Verª Neuza Canabarro, pego aqui uma matéria do
Jornal do Brasil, de 6 de abril deste ano, que diz o seguinte (Lê.):
“Sexta-feira passada, o portentoso jato executivo do Unibanco, de 18 lugares,
pousou em Brasília. Foi buscar Ministros dos Tribunais Superiores, inclusive
Nelson Jobim, Presidente do STF, levou-os a Comandatuba, onde participaram, no
fim de semana, de um seminário promovido pela Confederação Nacional das
Instituições Financeiras”.
Ora! Desculpem-me, mas os Ministros do Supremo
Tribunal - do Judiciário, que está abarrotado de causas contra os banqueiros
para revisões de juros - aceitam um aviãozinho do Unibanco, estada do Unibanco,
para discutir obra social dos banqueiros! Mas isso é um absurdo, Ver. Haroldo!
Mas isso é um absurdo! Porque sabemos que lá no Supremo há uma ADIn - Ação
Direta de Inconstitucionalidade - querendo tirar as relações bancárias, Verª
Margarete, do Código do Consumidor, que é uma lei infraconstitucional que
defende, indiscutivelmente, a cidadania, que protege o cidadão! Então,
realmente a nossa República está com muita dificuldade, porque é o Executivo de
um lado, o Legislativo de outro lado, e agora também os Ministros do Supremo
estão indo por conta de banco passar um final de semana no sul da Bahia com
jato do Unibanco, com estada por conta dos bancos!
Realmente, coitado do nosso povo! Coitada da nossa
gente, que não consegue mais pagar imposto, paga e os serviços públicos não
chegam! É uma máquina paquidérmica em que se consomem 60%, 70% na atividade
meio, e, na atividade fim, as coisas não chegam! Falta o brigadiano, falta o
médico, falta a enfermeira, falta o agente! Por quê? Lá na ponta do serviço
público, infelizmente, não chega o dinheiro!
Por isso queremos dizer que, infelizmente, tardiamente veio o controle externo do Judiciário; tardiamente, porque o Judiciário também é uma caixa-preta. Nós, do Legislativo, do Executivo, somos submetidos ao voto popular. O Judiciário brasileiro precisa-se abrir à sociedade, porque, acima de tudo, é o dinheiro do povo que o sustenta! Muito obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS
VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público que nos honra com a sua presença no plenário e aqueles que
estão nos assistindo em suas residências pelo canal 16 da NET: os cem dias de
Governo Fogaça foram suficientes - essa passagem dos cem dias - para que se
fizesse uma reflexão. O que me chamou muito a atenção nessa reflexão da
oposição, porque foi um verdadeiro ataque nesses cem dias, foi a cobrança ao
atual Governo referente a coisas cuja responsabilidade, na realidade, era do Governo
que saiu, coisas deveriam ter sido concluídas nesses dezesseis anos de sua
Administração. O que me entristece é ouvir de Vereadores que estavam na
Administração anterior afirmações que, a meu ver, são de uma certa maldade.
A gente sabe que muitas bombas de efeito retardado
foram deixadas - e eu acredito que isso só pode ter sido de propósito. Como
falei num outro dia, Srs. Vereadores, só na questão da área da Educação,
vinha-se num processo, numa caminhada em que, a cada final de ano, os alunos
das séries iniciais não eram reprovados. Em não sendo reprovados esses alunos,
obviamente em todo o início de ano havia uma fartura de vagas para ser
oferecidas! Eu não digo uma fartura de vagas, mas havia, pelo menos, vagas a
oferecer à comunidade! Num longo período de quase dez anos, essa era a
metodologia. Quando o Governo anterior chegou ao final, mudaram-se as regras.
Por exemplo, reprovaram-se mais de quatrocentos alunos. Por que será que só no
final do Governo anterior houve essa mudança? Será que foi uma mera
coincidência? Será que foi para que o novo Governo não encontrasse pela frente
aquelas vagas disponíveis que havia em todos os inícios de ano? E, ao chegar o
novo Governo, a nova Secretária de Educação, essas vagas fossem um problema,
uma bomba para ser resolvida? As vagas disponíveis não estariam disponíveis
porque estariam preenchidas por mais de quatrocentos alunos reprovados, o que
não estava acontecendo em muitos anos...! Foi uma mera coincidência ou um ato
de maldade e desrespeito para com a própria sociedade e o dinheiro público? É
uma pergunta que fica no ar para ser respondida.
Falando-se em Orçamento
Participativo, eu acho que os Vereadores da antiga Administração não poderiam
vir aqui para falar nisso, porque deixaram mais de seiscentas obras, senhores,
num montante de 190 milhões de reais! Não é meia dúzia de obras, não! Não são
cinqüenta obras! Mais de seiscentas obras ficaram para ser feitas num valor de
190 milhões de reais! Obras reprimidas nas quais este Governo agora vai ter que
começar a colocar dinheiro; por sinal, já colocou 47 milhões de reais, que já
são dez milhões de reais a mais do que no período anterior, no ano anterior do
Governo anterior! E vieram falar aqui, em termos de Orçamento Participativo,
dizendo que estava tudo o.k., tudo
bonito. A sociedade sabe que deixaram mais de seiscentas obras, num montante de
190 milhões de reais!
Com referência à 3ª Perimetral,
toda a documentação para pegar o dinheiro do BID para aplicação teve de ser
feita em 28 dias. Mas deixaram muita arapuca no meio do caminho para o Governo
atual não conseguir deslindar, desbaratar toda a documentação exigida, a ponto
de perder o dinheiro de Porto Alegre...! Isso é revoltante porque restaram
bombas para ser detonadas não no seu período, mas no período do Governo que
assume! Eu acho que isso é um ato de maldade. É como se alguém estivesse
conduzindo um navio, e os tripulantes, que são os servidores públicos, que têm
o dever e a obrigação de atender à sociedade, porque são sustentados pelo
dinheiro público, ao passar o navio para um outro comando, abrindo-se um rombo
no casco, dizem: “Está tudo o.k.”,
mas a água está inundando o fundo do navio.
Isso é um desrespeito! Sabem por quê? Porque eles
usam aquela teologia da maldade: quanto pior, melhor! “Se este Governo se
arrebentar, que bom para nós, porque aí nós vamos mostrar que fomos mais
competentes que eles”! Isso é falta de amor, é falta de respeito para com o
cidadão. É querer que o seu Partido tenha vantagens em detrimento da sociedade!
“A sociedade que se arrebente! O importante é que o meu Partido saia vitorioso,
pois nós administramos melhor que o Partido anterior! Então que se arrebente o
próximo Governo”! É assim que se pensa...! Porque deixaram tanta bomba para ser
detonada no período em que saíram... após o período em que saíram.
Eu acho que isso é um ato de maldade, eu acho que temos que vir aqui nesta tribuna, com mais responsabilidade, para falar desse assunto. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, não está em nossa prioridade falar do passado, ou entrar no jogo do
confronto, ou tentar gastar excessivamente o nosso tempo com uma polarização
que nada tem a ver com os interesses da Cidade. Nós estamos extremamente
satisfeitos e orgulhosos da construção política que fizemos em apenas cem dias
de Governo. Nós estamos orgulhosos desse processo, primeiramente porque é um
processo que se baseou em cima de uma concepção ética, infelizmente pouco usual
no nosso País, que é a concepção de construir as políticas públicas do Governo
com absoluta coerência no que se refere ao que apresentamos ao longo do
processo eleitoral, ou ao que construímos nos diálogos que deram suporte ao
nosso plano de Governo. Nesses cem dias, nós estamos muito confiantes nas
decisões políticas tomadas, porque elas foram tomadas com absoluto respeito a
este Parlamento, com absoluta participação da sociedade porto-alegrense, participação através do instrumento do
Orçamento Participativo, um processo que nós, o tempo inteiro, no ano de 2004,
afirmamos que seria mantido; foi mantido e está sendo mantido.
A primeira plenária temática, que ocorreu antes de
ontem à noite, abriu o processo de debate temático que tratou de um tema
fundamental: a educação. Teve a presença de dez Vereadores desta Casa:
exatamente cinco Vereadores da situação e cinco Vereadores da oposição. Uma
plenária com 777 pessoas num debate extremamente respeitoso, qualificado e que
levantou as propostas das pessoas que lá estavam.
Nós mantivemos esse processo, manteremos esse
processo. Inclusive, na noite de ontem, realizamos a segunda plenária, e, ao
mesmo tempo em que se realizava a plenária, o Prefeito de Porto Alegre, José
Fogaça, recebia, dentro da Prefeitura, inúmeras lideranças do Conselho do
Orçamento Participativo que discutiam com ele os encaminhamentos necessários
para as reuniões regionais que logo mais terão início.
O que mais nos orgulha não é que estejamos
preservando instrumentos da democracia participativa, mas porque o Orçamento
Participativo trata da distribuição do Orçamento, da divisão do Orçamento, do
poder de as pessoas participarem do processo de decisão do Orçamento existente.
Para concluir, Sr. Presidente, eu queria apenas dizer que, além disso, nós estamos qualificando o processo, ampliando o processo, discutindo inclusive com o Banco Mundial, com as redes internacionais das quais Porto Alegre faz parte, um novo processo de enriquecimento que nós chamamos de “governança”, pelo qual além do debate sobre a divisão do Orçamento, que é feita pelo OP, nós discutiremos e construiremos parcerias necessárias para a ampliação da captação de recursos para o atendimento da população de Porto Alegre, fundamentalmente a parcela da população que mais precisa do trabalho do Poder Público.
(Não revisado pela oradora.)
Há um consenso para a inversão da
ordem dos trabalhos, de se votar matérias, em tese, incontroversas. Em primeiro
lugar, o Requerimento nº 104/05, de autoria da Verª Mônica Leal. Logo após,
Requerimento nº 107/05, de autoria da Mesa Diretora; Requerimento nº 109/05, de
autoria do Ver. Alceu Brasinha; Requerimento nº 111/05, de autoria da Verª
Mônica Leal; Requerimento nº 114/05, de autoria da Verª Maristela Meneghetti.
Depois, segue-se a ordem normal.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 104/05 – (Proc. nº
2061/05 – Ver.ª Mônica Leal) – requer
que o Período de Comunicações, no dia 25 de agosto de 2005, seja destinado a
homenagear o Dia do Soldado. (incluído em 11-04-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em
votação o Requerimento nº 104/05, de autoria da Verª Mônica Leal. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos
presentes.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 107/05 – (Proc. nº
2094/05 – Mesa Diretora) – requer
Sessão Solene a ser realizada no dia 10 de maio de 2005, às 17 horas, destinada
a assinalar o Dia de Solidariedade ao Estado de Israel. (incluído em 13-04-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em
votação o Requerimento nº 107/05, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 109/05 – (Proc. nº 2101/05 – Ver. Alceu Brasinha) – requer Sessão Solene a ser realizada no dia 21 de junho de 2005, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 82º aniversário da Gráfica Editora Pallotti. (incluído em 11-04-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em
votação o Requerimento nº 109/05, de autoria do Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 111/05 – (Proc. nº 2206/05 – Ver.ª Mônica Leal) – requer Sessão Solene a ser realizada no dia 14 de junho de 2005, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso do 100º aniversário do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e o 50º aniversário da Associação de Ex-alunos. (incluído em 13-04-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em
votação o Requerimento nº 111/05, de autoria da Verª Mônica Leal. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 114/05 – (Proc. nº 2289/05 – Ver.ª Maristela Meneghetti) – requer Sessão Solene a ser realizada no dia 26 de abril de 2005, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso do 136º aniversário do Centro Estadual de Formação de Professores General Flores da Cunha. (incluído em 13-04-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em
votação o Requerimento nº 114/05, de autoria da Verª Maristela Meneghetti.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Verª Sofia Cavedon solicita verificação de
quórum. (Pausa.) Não há quórum, são onze os Vereadores presentes. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h10min.)
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